Todo jovem já quis protestar na UNE, tirar a CNH e se dar bem no FDS. Hoje se contenta em ganhar um RT.
Ou foi calouro da USP. Teve medo de HIV. E aquela porra toda de DST.
Falou mal da MPB. Já foi barrado por causa do RG. Seguranças insensíveis: um bando de FDP.
Conheceu a primeira namorada. A primeira TPM. O primeiro OB. Faziam planos pelo cel. Acabou tudo com aquela DR. Concluiu: amor eterno só existe mesmo em subnick de MSN.
Tudo bem. Tudo passa. Quer ver depois de um porre de JB.
A vida continua. Apresentou o TCC. Formou-se. Espalhou CV. Foi à luta. Viu no JN: vaga para serviço temporário cresce. Foi trabalhar de DJ.
Depois virou estagiário no BB. Não era bem o que ele queria. Mas uma coisa ele sabia: não queria ser DR com OAB, como sua mãe chegou a dizer.
Conheceu a mulher perfeita. Alugou AP em SP. O primeiro eletrodoméstico: uma TV. Viciou em CSI e PS3.
Ficou alucinado com as novas tecnologias: LCD, LED, MP10. Queria muito um Mac. Acabou com um PC.
Pela net lia os jornais. “Brasil não deve mais pro FMI”. Agora vamos fazer bandeiras sobre o quê? Ficou P da vida quando viu o MST depredando propriedade.
Boa posição na firma. Acumulou prestígio e carnês: IPTU, IPVA, fora o IR.
Um belo dia o chamaram no RH. “Você está demitido”. “- WTF!?”. Vai virar estatística do IBGE.
Pensou em ir trabalhar nos EUA. Mas a mulher ficou grávida. PQP! O que mais pode acontecer?
Só espera não depender do INSS quando tiver um AVC.
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